Embora a informação sobre a pandemia já seja de conhecimento de todos desde janeiro, quando a China emitiu seu primeiro e grave alerta, as mobilizações no Brasil vão acumulando-se apenas agora, cinco meses depois.
O improviso, no entanto, pode ser um paliativo melhor do que nada, como pode-se verificar na mobilização de recursos por mais de 400 empresas lideradas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A “cruzada solidária”, como vem sendo divulgado pelas federações estaduais das indústrias, alcançou a soma de R$ 336 milhões em investimentos em ações emergenciais em todas as regiões do país.
Apesar de o Norte e o Nordeste apresentarem os maiores índices de carência, por conta das dificuldades econômicas perenes nestas regiões, o montante vem sendo distribuído, aplicando-se o princípio de igualdade.
Uma das principais iniciativas é a manutenção e o conserto de centenas de respiradores mecânicos que estavam desativados, mas agora representam a última chance de vida para contaminados em situação de apresentar sintomas da Covid-19.
Ao todo, já foram recebidos 3,4 mil respiradores, dos quais 1.318 já foram consertados e devolvidos a unidades de saúde de 223 municípios. Os aparelhos, que estavam sem uso, passaram por reparo em 40 postos de manutenção localizados em 20 estados.
Foram distribuídos cerca de 20 milhões de máscaras cirúrgicas, 15,3 milhões de máscaras de uso comum, 365 mil protetores faciais, 505 mil litros de álcool em gel, líquido e glicerinado, além de 300 mil pares de luvas e 495 mil vestimentas para profissionais de saúde.