Uma moradora da cidade de São Francisco do Conde, região metropolitana de Salvador, completou 118 anos de vida em agosto deste ano. Os familiares de Maria São Pedro Conceição, que nasceu no primeiro ano do século XX, em 1901, dizem que estão tentando levantar informações sobre como enviar a história dela para o Guinness Book.

Na última edição da publicação, o título de pessoa mais velha do mundo está com uma japonesa de 116 anos.

Devido à idade, a idosa tem dificuldades de locomoção e passa a maior parte do dia sentada em uma cadeira de rodas ou deitada. Maria São Pedro perdeu a fala em março deste ano, mas continua lúcida, rindo quando ouve as histórias da família. Rodeada de filhos e netos, Dona Maria, como é conhecida, costuma ter a visita de pelo menos 10 familiares por dia dentro da pequena casa onde mora.

O estado de Dona Maria deixa todos da família comovidos. Os familiares se revezam para dar banho e comida para a idosa.

De acordo com familiares, Maria São Pedro nasceu na cidade de São Sebastião do Passé e trabalhou até os 17 anos em uma fazenda no município de Lamarão. A idosa trabalhou em casas de farinha, plantação e cuidando dos filhos de fazendeiros, ainda como escravizada, mesmo após a assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888.

A idosa deixou a cidade de Lamarão depois da família ter viabilizado seu casamento com José Aniseto dos Anjos, com quem ficou casada por quase 90 anos.

                             

Apesar de ter passado por momentos difíceis quando foi escravizada mesmo após a abolição, ainda segundo a neta de Dona Maria, a idosa sempre contou a história dela com muito orgulho.

Maria São Pedro ainda frequentava a casa dos idosos de Candeias, onde dançava samba e sapateado, depois de completar 100 anos.

O maior ensinamento que Maria São Pedro deixou enquanto falava para os netos é o do esforço nos estudos. Todos contam que a idosa sempre fez o comparativo entre a caneta e a enxada, objeto que marcou a infância e adolescência dela, para motivá-los a conquistar melhores condições de vida.

A família de Maria São Pedro não tem ideia do tamanho de herdeiros formados por ela. Amália Conceição conta que até os “tataranetos” de Dona Maria já tem filhos.

Segundo dados divulgados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a Bahia registrou 320.227 idosos em 2018. Destes, 139.092 eram homens e 181.135 eram mulheres.

Em 2010, de acordo com o IBGE, a Bahia tinha o maior quantitativo de pessoas centenárias do Brasil, tanto no total, como de cada sexo.

  Informações G1

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